segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Modelado Livre




Recebi a visita de Gilda Bigaton que está iniciando-se na cerâmica, para uma aula de assuntos variados do metiê cerâmico. Mostrei meu ateliê, como confecciono massas de baixa, alta temperatura, para panelas, raku, etc. Me espaço é razoavelmente grande, trabalho sozinho e encontro prazer em dar aulas individuais. Escolhemos um tema livre para a parte prática e como encaixar nas aulas que ela tivera anteriormente. Preparamos na hora uma massa própria para modelar. Fizemos exercício de modelado de um rosto(máscara) e de um pé. Para modelar um pé eu sigo as orientações do Mestre Israel Kislansky= construção de um paralelepípedo retangular, depois colocar a joanete, o dedão, adicionando os outros dedos, sempre seguindo uma sequência, uma regra de construção e depois finalizando o pé. Para os rosto, desenvolvi um método, usando as proporções clássicas, dividindo o rosto em três partes, riscando o nariz e retirando os excessos, Misturei outras técnicas, para simplificar a figura e o resultado aparece nas fotos.
A figura humana sempre me atrai e tento melhorar sempre que posso, aí vai um estudo que estou fazendo para um painel figurativo.
No meio da minha correria pela sobrevivência financeira, encontro espaço para fazer um monte de outras coisas. Pequenas obsessões, grandes vontades, quero aproveitar a minha vida, como disse o Gullar no alto de seis oitenta e picos anos, quero é ser FELIZ.
Vejo muitos filmes. Espanto-me com a diversidade e quantidade de filmes a serem assistidos. Semana passado loquei o filme chamado Nome Próprio, com a Leandra Leal, do Murilo Mendes. Sempre me toca quando os filmes referem-se à juventude e especialmente com mulheres liberadas, independentes. A interpretação da Leandra Leal por vezes é um pouco tímida, mas, em momentos ela consegue realmente dar a devida força ao personagem. Interpretar a mulher independente, que a maioria dos homens tem medo, talvez não seja um desafio tão grande, porque penso que seja um desejo de todas as mulheres, ou quase todas, mas ser uma mulher independente, segura de si, sabendo o quer da vida e dos homens, isso é mais difícil. A maioria dos homens tem medo dessas mulheres, não conseguem ver a grandeza delas (eu vejo), principalmente nesta nossa sociedade que preserva certos valores decadentes de fidelidade, relacionamentos, etc, onde grassa a lei do alicate. Gostei bastante do filme, porque gosto destas mulheres, admiro-as, tenho atração por elas. Lembrei do filme do Bigas Luna, As Idades de Lulu. Penso que a Kiki de Montparnasse devia ter sido assim…

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