sábado, 20 de junho de 2015

Oficina de RAKU



No Dia 18 de julho, darei uma Oficina de Raku,  no meu ateliê. São as oficinas que acontecem aqui no meu espaço, com o apoio do Terra Brasil Café.
Os interessados devem entrar em contato pelo meu hotmail.  

BATE PAPO FENAC - CURITIBA - 3 /julho-19h30m


No dia 3 de julho próximo, às 19h30m, na Cafeteria da Fnac, em Curitiba, no Shopping Barigui, estarei falando sobre o meu trabalho de cerâmica. Será uma oportunidade para conversar a respeito do que estou pesqauisando em Cerâmica. Levarei algumas peças cerâmicas para mostrar na oportunidade e deixarei, também, expostas, algumas fotos e formas planas, nesta mesma cafeteria, que ali permanecerão até o final do mês de julho.
As experiências com rochas e minérios, principalmente a malaquita, magnetita, pegmatito, granito,   tem um cunho particular, pois trabalho sozinho, pesquisando na literatura que vou adquirindo e com o suporte do curso de Engenheiro Químico, concluído aí pelo final da década de setenta do ... século passado. Também, o curso à distância, muito proveitoso, do Instituto Condorhuasi, do Maestro Chiti, com duração de dois anos, influiu na minha visão técnica/artística do que realizo. Além disso, mais Simpósios e Congressos que fui freqüentando.
O que vou mostrar, é o meu caminho. Os materiais que uso, os fornos e as massas. Até descobertas inéditas, como o efeito pelotas, da foto abaixo.

A independência na fabricação de massas adquiri há muito tempo, pois os materiais estão disponíveis e muito mais baratos do que comprar massa pronta. Além disso, o caminho fica mais interessante. A cerâmica inteira, desde a fabricação de massas, construção de fornos, até os vidrados produzidos artesanalmente, o aprendizado do uso do torno, vão construindo uma trajetória individual. Inventar mesmo? Alguma coisa, como a técnica de pelotas! Mas o caminho inteiro tem que ser reinventado e adaptado às condições a que estou sujeito. O resultado é o meu resultado. É o que consigo ver e fazer com minha habilidade, condições materiais  e  visão da cerâmica.
Vidrado de redução de malaquita, minério de cobre, 1263 oC, forno à gás.


quinta-feira, 11 de junho de 2015

VIDRADOS DE CINZAS

A variedade de cinzas disponíveis para quem tem um pouco de paciência é grande. Comecei a usar, inclusive, cinzas de pinhão, o fruto do nosso pinheiro paranaense, Araucária angustifolia. Depois de consumir o conteúdo, a casca queimo e faço os procedimento de praxe para usar na composição de vidrados. Peneirar, lavar várias vezes e depois calcinar a 900 oC. Agora, em pleno outono, as árvores que perdem as folhas nesta estação, estão cobrindo o solo, repondo o material consumido do solo, para prosseguir o curso da vida e adicionando mais um pouco de matéria orgânica adquirida com a fotossíntese. É só ajuntar e trabalhar! Cada folha tem composição diferente, em função do tipo de solo, processos internos da própria árvore. Aí é que fica interessante, fazer esta pesquisa e ir usando de acordo com a disponibilidade. As cinzas contem sílica, cálcio, magnésio, sódio,potássio, ferro, em seus óxidos, principalmente.
Uso muito fogão à lenha, o velho fogão caseiro. As lenhas que queimo sao das árvores que tem aqui no espaço onde moro. Aproveito os galhos que caem naturalmente e normalmente já estão secos. A imbuia e a gabirobeira  são as minhas preferidas para usar como aquecimento, principalmente à noite. Velhos serões, que lembram o Monteiro Lobato, para quem na infância teve a oportunidade de ler a coleção de livros infantis, cuja influencia vai se arrastando vida afora.
Mês passado ministrei uma oficina de vidrados de cinzas aqui no meu ateliê. Doze pessoas, número excelente para formar uma massa interessante e interessada. Menos de 8 pessoas é pouco, mais de 12, o aproveitamento decai. A oficina foi organizada pela Risolete, ceramista que tem um ateliê chamado Barracão do Barro, aqui de Curitiba, com suas alunas. Turma excelente!
Fiz uma apostila com o conteúdo teórico clássico das composições de vidrados de cinzas e mais uma maneira de pesquisa que desenvolvi para ceramista que possuam fornos elétricos, cuja temperatura não ultrapassa 1200 oC.
Trepadeira nativa, meio sem graça, quero dizer, não ornamental, brinda, para os menos distraídos, com este receptáculo de sementes, antes de se fragmentar. Cada sementinha solta-se e vai  passear levada pelo vento, parecendo um paraquedas.  Reproduzi a parte externa em cerâmica, com 50 cm de altura, mais ou menos, ficou parecendo um chuchu. Desisti, reaproveitei a massa....