quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TIBAGI/OUTUBRO




Voltei a Tibagi para mais um curso.
A primeira vez depois de uma turma ter participado do Congresso Nacional de Cerâmica e do Salão Brasileiro de Cerâmica, de Curitiba. Trouxe um forno para Raku que consegui por preço mais baixo. Isso melhora, em muito, a qualidade do produto final,afinal de contas começa-se a produzir cerâmica vitrificada. Esta turma que está querendo aperfeiçoar-se em cerâmica já está sendo notada na cidade e ganharam um espaço próprio para trabalho. O espaço é simples, com mesas improvisadas, prateleiras pelas paredes laterais, mas é um espaço próprio. Os cursos que dei anteriormente foram em espaços pertencentes a terceiros. Hoje fomos fazer uma queima de biscoito cerâmico numa chácara, de uma aluna que construiu um forno do modelo que eu projetei. Fizemos uma queima muito boa, em 8 horas. Realmente é muito interessante ver que o curso apresenta resultado positivo. Tomar iniciativa de construir uma forno no seu terreno, fora da cidade, ainda levar outros amigos para produzirem peças e a participarem da queima é um fato concreto.
Claro, os produtos finais tem que ser melhorados, o acabamento, a concepção das peças, tudo tem que ser melhorado já e sempre, não tem fim. Mas, principalmente, nesta fase, é fundamental apresentar algo que tenha condições de ser vendido no mercado consumidor. O objetivo final é o de vender, transformar o trabalho em dinheiro, tornar o artesão/artista indepente, donos da sua vida, sem depender de emprego. Isso é o que quero conseguir. E, claro, a um baixíssimo custo.
Tibagi ainda continua, penso eu cá com meus botões, sem valorizar a grande cidade que é. Por que digo isso? Porque eu valorizo demais um Rio do Porte do Rio Tibagi, mas parece que não dão muita bola praele. Enquanto isso, as garças continuam vindo dormir na mesma árvore que vi meses atrás, na beira do rio. Tirei a foto com baixíssima velocidade e deu tempo para eu aparecer também, jogo solitário de entardecer (já estava escuro)....As garças estão mais barulhentas é a Primavera, um novo ciclo de reprodução recomeça.
A foto da paisagem são campos de trigo, prontos para colheita. Trigo, símbolo de fartura na mesa.

Um comentário:

Norberta Silva disse...

Narciso, parabéns pela bela transformação -poesia do barro- que vc consegue com o barro. Fiquei encantada pelos seus trabalhos artísticos e também com os que vc desenvolve nas comunidades através dos cursos. Eu sou apaixonada por cerâmica. Sei algumas técnicas, mas há tempo não pratico.
Adorei seu seu espaço, muitas dicas legais sobre cerâmica e outros assuntos que merecem reflexão.