segunda-feira, 6 de setembro de 2010

VIVÊNCIA DE RAKU


Neste ano, devido à correria de aulas que estive ministrando em pequenas localidades, tinha quase esquecido as Vivências de Raku. Eu gosto muito deste tipo de movimento. Esta Vivência dura o dia inteiro. Pela manhã, aí pelas novas horas os participantes chegam e já são recebidos com um café, chá ou até um chimarrão, porque aqui no sul do Brasil, não se dispensa esta deliciosa bebida já conhecida pelos nossos indígenas pre-colombianos, de quem herdamos este hábito, quero dizer, roubamos também este hábito.
Costumo preparar na hora as soluções de vidrados que serão usadas nas peças. Tenho sempre prontas 3 peças por pessoa. Desta vez torneei vasos pequenos próprios para plantas suculentas. Mesmo porque se forem peças grandes não é possível colocar muitas peças por vez dentro do forno, o que quebraria a sequência programada que é de 3 queimas.
Procuro evitar as tintas tóxicas, o vermelho, amarelo, laranja, que contem selênio e cádmio, apesar do gostos das pessoas pelas cores mais vivas. Preparo os vidrados usando como frita o vidrado transparente CMF-096 e, nele, adicionando opacificante, óxido de estanho, argila branca ou caulim, e os pigmentos de cobre, cobalto e cromo. Com estes tres pigmentos já é possível ter belíssimos resultados e fica mais prático fazer as variações em cima do mesmo tema.
Minha companheira Beatriz prepara a comida do almoço e encerramento. Sempre alimentação baseada em produtos da região, com enfoque naturalista e opção para vegetarianos. A alimentação é essencial na Vivência, pois complementa de forma fantástica todo o envolvimento com a cerâmica. Beatriz é exímia cozinheira, chef admirada, e rouba a cena nos horários em que apresenta sua arte.
A turma, que foi organizada pela Magda que é ceramista, foi exemplar, todas mulheres, bonitas, bem humoradas, interessadas em aprender e obter bons resultados da experiência. Dia rápido, cheio de energia, alegria e bons resultados. Valeu!

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