segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CERÂMICA EM CACATU









Fui a Cacatu, Município de Antonina, novamente encontrar-me com a turma de moradores locais que estão transformando-se em ceramistas. Com novos alunos, empre ampliando o quadro, fiquei esperançosos vendo que ainda querem cerâmica e estão melhorando.
Um dos problemas que sempre encontro nas localidades onde vou dar aula de cerâmica é a materia prima. Encontrar a argila plástica certa para poder usar sem que seja uma mão de obra toda vez que se deseja confeccionar uma massa é um desafio. O material anti-plástico é abundante em qualquer lugar, mas a argila plástica nem sempre é de boa qualidade.
Conheço um areal, perto de Cacatu, areal é um mina de extração de areia, legalizada pelo Instituto Ambiental do Paraná. A argila encontrada na parte inferior da mina de areia, ou entre camadas de areia, quase sempre é uma argila muito plástica, de ótima qualidade. Então, fui junto com o Albari, que está fazendo o curso, até o areal verificar a argila que estava sendo descartada. A draga estava com o motor quebrado e não tivemos acesso imediato ao melhor da argila, aquela que nos serviria, por estar imersa nágua. Todavia, apenas um descarte que encontramos, um pouco arenosa, já estava muito bom para adicionar ao que já tínhamos. Combinamos, então, que, dentro de 10 dias, voltaríamos com um caminhão para levarmos a argila plástica, quando a draga estiver funcionando.
Esta possibilidade de conseguir-se uma argila de boa qualidade e, ainda, a preços ínfimos, insignificantes, praticamente uma doação para pequenas comunidades, vai fazer com que as pessoas se beneficiem desta argila plástica e resolvam esta parte prática da melhor maneira possível.
O detalhe importante é que a argila, num areal, é um material indesejável, ele é descartado e o Instituto Ambiental exige que se dê uma solução dentro dos padrões legais. Por isso, ganhar essa argila é muito fácil. Noutras cidades, em Curitiba, por exemplo, essa argila é comprada pelas olarias e os areais e as olarias fazem essa parceria. O areal, então, fica com mais esse faturamento. No litoral do Paraná não há olarias e o material para ser transportado para as olarias de Curitiba encarece com o frete e não vale a pena. Falta uma logística nisso, parece evidente. Poder-se-ia contactar as Prefeituras das cidades onde se desenvolve o artesato e conseguir um transporte dessa argila de boa qualidade para suprir o artesanato local, já que o consumo é pequeno e todos sairiam ganhando. Já tentei viabilizar essa logística, mas encontrei alguma dificuldade para encontrar um caminhão caçamba para o transporte. Assim, quando estou próximo às jazidas de areia, tento resolver de maneira rápida e quando dá certo sinto-me gratificado.
O que foi realmente bom nesta nova semana é que os alunos melhoraram bastante na qualidade do modelado, limpeza, ampliaram o horizonte de trabalho.

2 comentários:

Eloina disse...

Olá Profff... o que quer dizer " engobe grunhido"?
Tenho muitas novidades sobre peças arqueológicas. Vou começar movimentar meu blog de orchideas. Junto vou colocar a parte de cerâmica que é minha paixão - cerâmica arqueológica guarani. Encaminhei email para o Senhor e..
snif.. snif.. ! não me responderam.
Depois não venha babar nos meus achados. Na chácara Eu e Michel estamos preparando campo de trabalho para quando o Sr. retornar a Tibagi. É a Eloina. Feliz 2010 com breve retorno a Tibagi.

Eloina disse...

E a Eloina de novo!. Me desculpe o erro. "Feliz 2011" com muita saúde em família, muitos cursos e muito dindin!!! Eloina de Tibagi.