quinta-feira, 8 de julho de 2010

CONGRESSO NACIONAL DE CERÂMICA - CURITIBA





A Oficina que ministrei no Congresso Nacional foi de Vidrado de Cinzas. 22 participantes de várias partes do Brasil, inclusive do Peru. Foi uma maratona em que me meti para poder dar resultado para os alunos. Primeiro porque achei importante que fizéssemos os testes das matérias primas = feldspatos de Na, K, e Li, Argilas branca e vermelha, carbonato de cálcio, cinzas lavadas e não lavadas. Além disso, fizemos uma amostra para cada um de seis formulações. Foram duzentas e poucas amostras queimadas a 1220 graus centígrados. O forno não esfriou a tempo para a Oficina do dia subsequente. Fiquei meio impotente, pois não tinha acesso ao forno. Se fosse meu eu abriria aos poucos e daria um jeito para que antes do início da segunda oficina estivesse pronto para ser analisado e poder, assim, dar continuidade ao curso como tinha planejado. Veja foto de algumas amostras das placas com os vidrados. Como eu já possuía amostras semelhantes que testei antes da oficina, usei estas como se fossem as verdadeiras para podermos avançar no trabalho. Então cada participante passou vidrado numa peça individual e levamos ao forno a 1210 graus centígrados. Antes da oficina, quanto estava confeccionando as placas, telefonei para o Caio que produz, junto com seu pai, massas cerâmicas em São Paulo, a Pascoal Equipamentos e Massas Cerâmicas Ltda, e fizemos uma parceria. Fiz as placas teste e torneei as peças dos alunos com a Massa Creme com Chamote e a Shiro, que é branca. A vantagem é que, além da parceria, todos poderão repetir o teste com as mesmas massas. Eu fabrico minhas próprias massa, mas não teria essa amplitude de usar uma massa do mercado, de fácil acesso.
As peças queimadas e o resultado das placas ficaram prontas no terceiro e último dia. Consegui com o Sebastião Pimenta, de Minas Gerais, que estava dando uma Oficina de Vidrados com Cristais, para que queimasse uma peça a 1250 graus centígrados que era a temperatura que seria usada para os cristais. É a foto do pequeno vaso da reportagem. Participei como aluno da oficina do Pimenta, que foi muito proveitosa.
No local onde acontecia o Congresso não tinha fornos cerâmicos, cada dia precisava levar para um local diferente em forno diferente. Assim, as amostras que testei antes do Congresso foram queimadas a 1230 oC, as placas/amostras do primeiro dia da oficina a 1220 oC, as peças de cada aluno a 1210 oC e uma peça a 1250oC. Com isso ampliou leque de informações, que foi vantajoso, já que a oficina tem o objetivo de ilustrar, dar uma orientação para que cada um inicie uma pesquisa própria.
Este Congresso, como de resto todos os outros, são importantíssimo para os ceramistas, pois permite uma troca de informações, conhecimento de novas técnicas, ampliação de relacionamentos de classe, etc.
Espero que a oficina tenha sido proveitosa. Iniciei esta oficina de trás prá frente. Pois para conseguir apresentar resultados foi necessário já começar a confeccionar as provas, o que tomou muito tempo. Por isso, deixei apresentações e a parte final, teórica, para o final. Acho que deu certo.

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