quinta-feira, 8 de julho de 2010

CONGRESSO DE CERÂMICA CURITIBA-PALESTRA




Fui convidado para dar uma Palestra no Congresso Nacional de Cerâmica, para relatar a minha experiência em aulas de Cerâmica Básica, estas que aparecem regularmente no meu blog. Foi uma excelente oportunidade de divulgação deste trabalho e, também, do Senar, que financia estes cursos cujo objetivo é o de apresentar uma forma de geração de renda e conhecimento para comunidades rurais e que tem pouco acesso à informação. Tenho observado o crescimento do conhecimento das pessoas que fazem estes cursos. Tem localidades, é claro, onde o assunto é esquecido e mandado para as calendas de qualquer estação. Todavia, em outras, como Guaraqueçaba, Antonina e Tibagi, a coisa foi tomando um rumo muito gratificante. De Tibagi vieram 10 pessoas participar do Congresso, fazer oficinas com profissionais do Brasil e do Exterior. Foi um avanço que vai deixar marcas profundas nas pessoas e, ainda, ampliar de forma definitiva o conhecimento. Por exemplo, o Renan, de Tibagi, com 14 anos de idade, veio participar de uma oficina de modelagem com um filho do Mestre Vitalino, de Caruaru. Pôxa, isso é fantástico! Um acesso proporcionado pelo Congresso que transformará positivamente a vida do adolescente. Sem falar que, com essa idade, ter uma oportunidade dessa não acontece toda hora. Como ficará a Cerâmica em Tibagi depois do Congresso? Já tinha avisado, não façam oficina comigo(estava ministrando uma oficina de vidrado de cinzas), porque estou aqui presente, de fácil acesso, aproveitem outros para ampliar o leque de informações e procurem fazer oficinas diferentes para que, retornando a Tibagi, possam trocar as experiências. Muito bom, muito bom! Além disso, duas pessoas foram selecionadas para o Salão de Cerâmica, seus nomes constaram no catálogo impresso e suas peças ainda estarão em exposição até meados de outubro, na Casa Andrade Muricy, no centro de Curitiba.
Guaraqueçaba tem estado presente nos Congresso e já levaram vários premios. Mesmo sem apoio de nenhum órgão, vários ceramistas de lá aqui aportaram para aprender e evoluir na Cerâmica. Aproveito para registrar que, de Tibagi, o Sindicato Rural deu uma força para que as pessoas viessem aqui participar do Congresso.
Antonina está começando e embora uma peça tivesse sido pré-selecionada fotograficamente, ao ser queimada a peça estourou e ficou prá outra oportunidade. Todavia, valeu, os cursos em Antonina começaram apenas neste ano, já foi um interesse, um sucesso (estou falando apenas do local onde dei o curso de cerâmica Básica).
Na palestra mostrei fotos de construção de fornos, de peças modeladas pelos alunos. Esqueci de ressaltar que a maioria dos que começam nestes cursos nunca tiveram experiência anterior. Já construí 32 fornos do modelo que aparece nas reportagens. Pude fazer variações que foram simplificando a construção e melhorando o funcionamento. Posso concluir que o curso funciona, todavia seria muito melhor se houvesse continuidade, não apenas 64 horas e depois não ter retorno. O aprendizado cai no esquecimento por falta de estímulo. Eu, também, tem momentos em que me sinto cansado nos meus sessenta anos, quando vejo que todo o trabalho e empenho não resultaram em algo positivo.

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