sábado, 21 de maio de 2011

MAIS ARQUEOLOGIA





Continuo mergulhado em Arqueologia. O estudo da Arqueologia é realmente interessante. Comprei uns 10 livros e estou indo fundo, ou afundando. Tenho encontrado livros na Estante Virtual e compro aqueles que posso. Mas ainda bem que preços são acessíveis, porque pela Internet os preços baratearam, os sebos que quiseram aumentar demais o valor dos livros, supervalorizando, perderam a clientela e não param de serem ofertados novos livros e entrando novos sebos na Estante Virtual.
Acontece que, para chegar na Cerâmica, tenho que acompanhar o estudo da Arqueologia e ela implica na Evolução do Homem, desde o Australopitecus até o Homo sapiens, claro, com o aprofundamento que permite um semestre com duas cadeiras de 4 horas semanais cada uma. Mas isso está me dando uma base para que eu possa pesquisar por minha conta, acompanhando os livros que são sugeridos como leitura pela própria disciplina escolar e mais aqueles que procuro. Além da evolução, entender como o Homem espalhou-se pelo planeta. Continuando, de caçador/coletor para sedentário e por onde andou, até o presente. O que percebo é que existe muita discrepância de dados e que, anualmente, com o aumento de sítios arqueológicos as novas descobertas vão sendo adicionadas, daí teorias sobre a movimentação do Homem também mudam. As datações são confiáveis e cada vez mais comuns. Bem, vários livros que encontrei achei interessantíssimos, vão aí, alguns:

O Povo de LUzia, de Walter Alves Neves x Luis Piló, que traçam uma panorâmica sobre a arqueologia e o problema que enfrentam arqueólogos do terceiro mundo quando querem mostrar suas descobertas e encontram resistência de países desenvolvidos com suas teorias consolidas e não querendo abrir mão de seu status.
Nossa Origem, o Povoamento das Américas - Hilton P. Silva e Claudia R-Carvalho.
Arte Prté-histórica do Brasil - André Prous.
Cerâmica Guarani - La Salvia e Brochado. Este é só sobre cerâmica e apresenta o melhor estudo que vi sobre forma, estilo, composição das cerâmicas Guarani. Acho que é referencia nacional.
Vejam, comecei a ser cuidadoso, estou evitando afirmações, apenas registro, acho melhor seguir o mestre Guimarães Rosa e o seu personagem Tatarana "o que tem é que eu sou muito cauteloso". Tô aprendendo. Os arqueólogos são ciumentos como todas as classes profissionais. Tenho ouvido, "nesta minha vida, no meio da jornada" muitos profissionais afirmarem que a sua profissão é a mais completa de todas. Engraçado, já ouvi isso mesmo de médico, engenheiro, farmacêutico, biólogo, agrônomo, geólogo, artista, engenheiro químico e nem sei mais quantas categorias profissionais. Claro que esta afirmação é um atestado negativo. Todas as profissões são completas em si mesmas, mas precisam abrir-se para as outras, do contrário serão limitadas demais, daí porque uma equipe multidisciplinar é o melhor que existe e o primeiro polímata foi Aristóteles, há dois mil e trezentos anos. Já, nós outros, também somos, juntamente com o google....
As ilustrações são da cultura Chavin, do sudoeste do Peru, Marajoara, Condorhuasi (Argentina) e Sudoeste dos EUA.
Apenas a Condorhuasi não apresenta decoração, mas é totalmente brunida, irradiando aquele brilho característico. As outras são engobadas e as três são executadas com primor de técnica e beleza. A americana parece um surfista.A Marajoara é bem característica e facilmente identificável. A Peruana, Chavin, do período clássico é uma beleza, encontra-se na Europa. Cá prá nós, essa turma vem estudar aqui e vai levando embora os melhores exemplares, precisamos olhar isso com muito cuidado, não dá mais prá permitir essa extorsão, essa opressão intelectual e financeira. E nós, com nossos míseros acervos, temos que nos contentar com os melhores cacos (exagerei propositadamente). Existe muita briga com museus internacionais: aquele busto fantástico, conhecidíssimo, da Nefertite está na Alemanha e "dalhe" egípcio brigando prá ter de volta.O Lorde não sei quem passou a mão no frontispício do Partenon, esculpido pelo Fídias e levou prá Inglaterra a título de dar guarda, ô, ô, péra aí...o país de onde foram surrupiados as riquezas é que devem decidir quais os cacos que devem ser "vendidos", pelo menos é o que eu acho....
Assim, aos poucos, vou entrando na cerâmica arqueológica, daí é que começarei a reler os livros de história da Cerâmica.

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