domingo, 22 de maio de 2011

Joinville-Arqueologia




Há muito tempo que queria visitar o Museu do Sambaqui de Joinville. Suas famosas esculturas, zoólitos, estão em todas as publicações do gênero. São representativas dos povos que habitaram o litoral e construíram os sambaquis. Os sambaquis são montes de conchas que foram empilhadas pelos povos que ali se instalaram e deixaram essas milhões de conchas. Para fazer estas esculturas realmente devia ter sido muito bom viver, na fartura, ter todo o tempo do mundo, nem sendo necessário mais nada, apenas desfrutar da Natureza, colher o que ela serve de melhor e viver, simplesmente viver. Vi citação em bibliografia de monte de sambaqui com mais de 40 m de altura por 200 m de comprimento. A Baia da Babitonga, Joinville-SC, é lindíssima. Lugar aprazível para se viver, principalmente antes da chegada da civilização, porque nós temos o dom de poluir todos os belos locais que encontramos. Por isso, precisamos de um gigantesco movimento de conscientização para recuperarmos as áreas degradadas, não só dos materiais descartáveis, lixos, mas, tambem, visualmente. Afinal em qual planeta estamos pretendendo viver no futuro?
A peça cerâmica da fotografia é uma cuscuzeira, pós cabralina, muito comum entre as populações indígenas e , também, entre seus descendentes mesclados com europeus e/ou africanos.
Fico meio emocionado ao contemplar peças arqueológicas. Acho belíssimo esse formato ancestral do vaso, com a parte central mais larga, depois um estreitamento e abrindo para uma boca mais larga do que a gola.São interminaveis as possibilidades de repetição desse formato.

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