segunda-feira, 24 de maio de 2010

TIBAGI - MAIO




Tibagi continua um lugar pequeno, gostoso de se morar, com o Rio Tibagi que é uma maravilha. Cidade com praças. Ruas calmas para caminhar. Nas proximidades do rio é possível caminhar escutando o roar do rio Tibagi. Para minha saúde tento caminhar diariamente uns 40 minutos e, com isso, fui desenvolvendo o prazer de andar pelas cidades que vou visitando.
Voltei a Tibagi para mais um curso de Cerâmica Básica, com nova turma e alguns alunos mais antigos. Aproveitei e fiz uma visita ao museu da cidade, novamente, com os alunos. A cerâmica arqueológica, de origem Caingangue é uma aula de modelado e design.
As paredes são finas. O formato caracterísco das vasilhas, abrindo para a parte central mais larga e depois subindo verticalmente, com o pescoço longo ou curto, são exemplares de qualidade. Uma delas apenas com engobe branco. As demais, brunidas, ou mesmo raspadas mostram a tradição cerâmica enraizada num design característico. Dá para perceber nas peças quebradas o uso de antiplástico às vezes grosseiro. É uma tradição, não se chegou de uma hora prá outra neste nível de qualidade formal. É olhar e aprender.
Aproveitei gancho do Salão de Cerâmica de Curitiba para provocar alguns alunos que já possuíam algumas peças queimadas em terracota, para que tentassem participar. Foram enviadas as fotografias e duas peças foram selecionadas. Assim, Tibagi começa a entrar no circuito nacional de cerâmica popular. Agora vão se beneficiar deste momento e irão ao Congresso Nacional de cerâmica participar de várias de suas inúmeras oficinas. O Salão Brasileiro de Cerâmica e o Congresso Nacional de cerâmica acontecerá em julho.
Fico feliz em ver que as pessoas interessadas e que batalham acabam encontrando um caminho. "Colheita é comum , mas o carpinar é sozinho", já dizia o compadre do Riobaldo Tatarana, o Quelemem de Gois.

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