Malaquita-minério de cobre |
A quantidade de matéria-prima disponível ao ceramista, gratuitamente, na natureza, é uma dádiva.
Venho de estar usando, há muito tempo, tudo que encontro, em meus passeios, e que possa servir ao meu propósito cerâmico. Não ando tropeçando em rochas diferenciadas o tempo todo, mas estou atento e ao me deparar, em alguma situação, com o que me interessa, dou um jeito correto de conseguir.
Esta pedra, mineral, é um minério de Malaquita, um carbonato de cobre, de cor típica azul aturquezada.
Com essa pedra consigo fazer, tanto no raku, quanto em alta temperatura o vermelho de cobre. Esta coloração é sempre procurada porque, no Raku, por exemplo, o vermelho conseguido com a redução do cobre, óxido de cobre ou carbonato de cobre, em cobre metálico, é um dos resultados mais fantásticos e, dependendo da composição do esmalte (vidrado), muda o tom do vermelho. Juntamente com o ferro, na alta temperatura, os resultados são clássicos. O sangue de Boi, O Celadon e o Tenmoku.
Raku -c/ Malaquita |
Esta figura, usando no vidrado minério de cobre e um pouco de minério de ferro possui várias tonalidades. Desde o verde, o amarelo, o vermelho e, também, o preto. Este não é do esfumato da serragem, próprio do Raku, mas devido ao alto teor de ferro, com o cobre. (música de fundo, Chico Buarque: ... então eu vendo o realejo, quem vai levar?...)
Sangue de Boi-1270 oC |
Este vaso tem praticamente a mesma composição do vidrado anterior, só que de alta, de redução, feito com o minério de cobre, malaquita O resultado é conhecido como Sangue de Boi.
A redução de alta temperatura, desta peça, em forno à gás, não é tão fácil quanto à do raku, compensa pelo resultado é solidez da alta temperatura.
Xaxim , desenrolando a folha. |
Um comentário:
maravilhoso, sou eterna fã do seu trabalho.
Abraços, Camilla.
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