terça-feira, 6 de janeiro de 2015

CURSOS DE CERÂMICA BÁSICA no PARANÁ


Turma de Cacatu, Antonina!

Durante 5 anos ministrei cursos de cerâmica Básica, para a área Rural, principalmente na Região Metropolitana do Paraná, seguindo a apostila do Senar que eu escrevi. Treinei instrutores para repicarem o curso em todo o Estado. Esta apostila é entregue a cada participante do curso,  tudo patrocinado pelo Senar. Os instrutores atuaram em todo o Estado do Paraná.

No ano passado, encontrei-me novamente com os instrutores para uma reciclagem e troca de informações sobre o que aconteceu durante os cursos, os problemas, acertos, o agradecimento pela oportunidade de dar o curso e o agradecimento das pessoas que fizeram o curso e aproveitaram para as suas vidas. Também por tratar-se de um curso que teve a oportunidade de ser seguido conforme a apostila, foi muito interessante, não é apenas um pequeno livro de Cerâmica Básica, ele também é um manual foi seguido à risca, implantado e os resultados colhidos, erros corrigidos, etc.


Foram construídos mais de 100 fornos destes que aparecem nas fotos, em todo o Paraná. É um modelo que bolei baseado na minha experiência, livros, principalmente usando o forno e corrigindo o que não estava certo. Todavia, desde o princípio, o modelo funcionou. O esquema de suporte das peças, internamente sofreu melhorias, inclusive com as opiniões dos instrutores, que foram aperfeiçoando o modelo. Neste encontro de reciclagem, deixamos o assunto em dia e fiquei feliz com os instrutores que estão levando o curso adiante.
São  cursos de 64 horas, 8 dias. Não dá prá ensinar a pescar somente, é preciso ajudar a vender o peixe. Talentos? Está cheio de pessoas com muito talento, sem oportunidades, lutando pela sua sobrevivência financeira.  É necessário uma continuidade, não dá para abandonar uma comunidade após um curso, ou dois, ou três. É preciso mais, persistir  dando apoio, até que as pessoas peguem o embalo, a velocidade.
As experiências do Parque da Serra da Capivara e do Ñadeva de Fó do Iguaçu, acredito serem modelo para muitas comunidades. O primeiro aproveitando o rico patrimônio arqueológico rupestre e usando-o  na decoração da cerâmica e o segundo, na tríplice fronteira, contou com o apoio da Itaipu. Todos os dois foram apoiados e, principalmente, contaram com a ajuda deles próprios, lutando com garra e acreditando neles mesmos.
Foi uma rica experiência que vivi indo nessas comunidades, com as pessoas, procurando "barro"para fazer uma massa cerâmica, o carinho que recebi, o quanto aprendi ensinando, e, também, vivendo a realidade local.
Ainda  acredito que é possível uma sociedade melhor, com a partilha humana dos recursos do planeta e respeito por todos.
 Tem muitas cidades do Paraná com potencial para transformarem-se em centros de desenvolvimento de arte cerâmica. Tibagi, por exemplo, com sua rica história, como o Caminho do Peabiru, Arqueologia indígena (são encontradas grandes quantidades de artefatos indígenas), tropeiros, pinturas rupestres, o cânion do Guartelá, sua beleza cênica, tudo isso é mote suficiente. Antonina, Guaraqueçaba,....

Um comentário:

Oruga Viajera disse...


Olá, sou argentina, morando no Brasil, Bahia. Procurando como construir um forno cerâmico na internet ache seu blog.
Estou morando em uma ecovila, Piracanga. Lá em Argentina eu fazia alfareria e há um tempo que quero trazer isso para onde moro. Já somos varias pessoas com a intenção.
Não sei construir um forno, mas aqui temos pessoas habilidosas e bem despostas com as quais sei que conseguiremos o fazer.

Li aqui no blog que você escreveu um manual? Como poderia acessar ele?

Muito grata, com amor, Silvina.