domingo, 8 de julho de 2012

FORMATOS ARQUEOLÓGICOS

Tenho me ilustrado muito com o estudo de arqueologia cerâmica. Os formatos são infindáveis, parece que não mudamos nada há milênios. Os velhos perfis ainda continuam com beleza atual. Fotografei algumas formas encontradas na natureza e que certamente deram origem
aos formatos encontrados nos primeiros recipientes modelados pelos nossos antepassados. Esses receptáculos de sementes, certamente, serviram de inspiração
ou, talvez, tenham sido usados e depois copiados quando a tecnologia cerâmica foi descoberta. As cabaças
calabazas, catutos, purungos ou porongos são recipientes naturais prontos
de grande utilidade. Ainda hoje é inigualável um purungo usado como cuia para chimarrão, aqui no sul do Brasil. Eu mesmo faço coleção de porongos, purungos (cada região dá um nome diferente, aqui é purungo!). No livro,Brasil Antes dos Brasileiros, de A. Prous, cita o uso de cascos de tartarugas como recipientes, o que dá um formato de diâmetro bem superior à altura, como recipiente, muito comum. Visitei o Museu de Arqueologia de Paranaguá-PR e dos recipientes poucos que ali estavam expostos, dois pareciam os receptáculos de sementes acima ilustrados. Poderia selecionar vários formatos mostrados em livros de arqueologia, como, por exemplo, dos Cadernos de Arqueologia da Universidade Federal do Paraná, Ano l, no.l, 1975, onde aparecem ilustrações de cerâmica encontradas nas escavações da vila espanhola de Ciudad Real do Guairá. No livro, também de André Prous,
Arqueologia Brasileira, são muitos os formatos repetitivos e que ilustram a semelhança entre os recipientes naturais e os cerâmicos.Bem como a citação, na pagina 96, os formatos cerâmicos tendem a imitar os recipientes naturais que eram usados.

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