

Neste final de semana, sábado, dia 12 de julho, em Curitiba, no ateliê Arte Cerâmica de Sada Mohad, ministrei uma oficina de construção de forno de Alta Temperatura, artesanal, a gás.
Trata-se de um forno construído com tijolos isolantes, cilíndrico, com as dimensões externas de 80 de diâmetro e 90 cm de altura.
É muito simples e prático. A oficina começou com o forno pronto, montado. Imediatamente passei a desmonta-lo e remontei-o em seguida. Esta operação não demorou uma hora. Depois disso coloquei as prateleiras, algumas peças e iniciei a queima.
Este forno é também muito eficiente, com consumo mínimo de gás, tempo de queima controlado, com possibilidade de aumentar ou diminuir este tempo de queima.
Ele segue o modelo bolado pelo Mestre Argentino J. H. Chiti. Os modelos cilíndricos, segundo Chiti, são os mais eficientes: tem a melhor circulação, são mais fáceis de serem construídos, tem menor consumo de combustível. Evidentemente que estamos falando de fornos de pequenas dimensões, que permitem a carga e descarga pela parte superior.
O volume útil deste forno é de 58 cm de diâmetro por 80 cm de altura. Os cálculos de abertura para entrada de gás e ar, a potência dos maçaricos e abertura de saída dos gases foram feitos usando os dados fornecidos pelo Mestre Chiti nos seus livros e nos cursos que acontecem no Instituto Condorhuasi, como, por exemplo, aquele de abril deste ano.
A oficina queria apenas mostrar um forno barato, seu funcionamento, distribuição da temperatura no interior, acompanhado com controlador digital e cone pirométrico. Fixamos o tempo de queima, até 1200 graus centígrados, em 3h 30m, com patamar de 30 minutos. Todavia, com o objetivo de abreviar o final da queima, resolvemos completar a queima em 2h50m, com patamar de 30 minutos. Esta performance do forno foi conseguida com maçarico de 50kcal/h comprado no Instituto Condorhuasi, em Buenos Aires. É um maçarico feito especialmente para queima cerâmica, modelo que somente lá pode ser encontrado. Permite usar chama oxidante, neutra e redutora. É claro que para este tempo de queima não levamos em consideração maturação do vidrado, crescimento de cristais, etc, não era esta a meta da oficina. O consumo de combustível foi de aproximadamente meio butijão de gás de cozinha, de 13 kgs. O custo deste forno é de R$ 4.500,00, aproximadamente.
Nas fotos mostro o forno e as pessoas que participaram da oficina. Mostro também uma peça queimada num forno igual ao da oficina, com vidrado de cinzas, a 1263 graus centígrados.
Em agosto será repetida esta oficina no mesmo ateliê.
3 comentários:
olá, vim aqui ter por causa da cerâmica; vou voltar a passar, com mais tempo. Descobri a olaria há poucos anos; infelizmente, não tenho condições para me dedicar tanto quanto gostaria. É uma actividade fascinante e para quem tem preocupações ambientais, ainda mais - impressionante como tuso se aproveita, não é?
Felicidades
Como vai mestre? espero que muito bem, estou fazendo umas experiencias de esmalte, e também mais habil com o torno, assim que tiver oportunidades que participar de uma oficina de raku!
Abração Claudia (Guaraqueçaba)
1) - Tia Adotada=
A cerâmica é inesgotável.Gostaria muito de fazer algum curso de cerâmica de alta temperatura em Portugal.
Um abraço do
Gilberto .
2) - Cláudia!
Saudades de Guaraqueçaba... Apareça no meu ateliê. Acho que as máscaras que você faz tem mais personalidade, força. Estou dando curso de graça aqui de 18 a 21-8, de cerâmica básica, pelo Senar.Abraço do
Gilberto.
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