O vaso acima, conhecido formato marajoara, joanes pintado, é repetido por várias comunidades arquelogicas. No Noroeste da nossa América do Sul ainda é usado pela cerâmica popular.
Tenho sido sempre influenciado pelos formatos arqueológicos. Estamos sempre repetindo esses formatos, a base, a "barriga", o pescoço e a boca. Não fujo disso. Continuo torneando essas formas, inspirando-me nelas.
Os vasos acima, recém torneados para a Vivência de sábado, tem essa direção. São esses os vasos que preparei para o raku. A massa tem os tradicionais materiais resistentes ao choque térmico: chamote, areia e talco. Não sigo marcadores para repetir formatos. Sempre torneio pensando numa forma e vou atrás dela, sem preocupações. Quando pego nova pelota de barro, minha cabeça já avançou e
faço novo formato, às vezes nada parecido com o anterior.
Quanto aos formatos, acho até que o conhecido que está no canto superior esquerdo, é uma corruptela de um vaso arqueológico. Pode ser viagem minha, mas quando estou torneando esse formato penso nisso: que tem a ver com a influência arqueológica.
Aqui na área rural de Quatro Barras, região Metropolitana de Curitiba, a floração da sakurá é um pouco tardia. Somente agora é que as flores começaram a dar o ar de sua graça e vai abrilhantar o meu espaço por uns 20 dias. As baitacas e várias outras aves vêm comer flores, como o sanhaço, o tié velho e até saíras. Maravilha, espetáculo!