Estive nesta semana dando 32 horas de aula no Parque da Ciência em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Este curso foi direcionado para professores da Rede Pública. Acho cada vez mais interessante ensinar a confeccionar ferramentas para uso em cerâmica, para modelado, incisões, excisões, cortes, etc. O custo fica em menos de um real por ferramenta com arame e as de madeira ficam de graça. Para as ferramentas de arame é usado arame de aço rígido e o enrolamento com arame galvanizado. A madeira uso a imbuia, que além de macia para lixar e cortar, ainda é muito resistente, além do seu aroma de canela delicioso. Todos aprendem facilmente a confeccionar sua ferramenta e, ao final do dia, levam para casa de 9 a 12 ferramentas.
O parque da Ciência, onde estou ministrando este curso, é um lugar gigantesco à São Paulo. Tem muito espaço a ser ocupado. Vejam a alameda de plátanos. É muito tranquilo e aproveito a sombra dos plátanos para um bodinho pós almoço.
Gosto de ver a turma empenhado modelando e fazendo o que está fim com a massa cerâmica. Vou alugando a cabeça, individualmente, e às vezes faço um impromptu modelando um pé, por exemplo, que é chamativo e todos querem aprender.
Depois, modelar um rosto seguindo um modelo que inventei, a partir de um volume inicial semelhante à metade de um ovo, também é interessante. Claro, o figurativo há muito que está em baixa, principalmente porque é preciso muita dedicação para adquirir alguma habilidade. O rosto é difícil de aprender a modelar e, mesmo depois de anos de prática, ainda os resultados podem ser melhorados ...e muito. Todavia, o principal, parece-me é deixar que cada um perceba o barro, como ele deve ser trabalhado e buscar seu caminho, sua expressão própria.
O verão está quase acabando, e o friozinho começa a exigir uma blusinha à noite. Ao final do dia, com o bom tempo que tem feito, os pinheiros e a Serra do Mar resplandecem.
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